(Foto: jill111/Pixabay)

Veja dicas e estratégias para colocar seu negócio em evidência nas datas que mais movimentam o comércio

O fim do ano se aproxima, e com ele, chegam as épocas festivas e confraternizações. O micro e pequeno empreendedor tem nesse período a chance de alavancar suas vendas, já que nele as empresas têm um aumento no faturamento e a maioria dos setores do comércio são mobilizados: alimentício, vestuário, turismo, eletrônico e outros.

De acordo com o administrador Hilton Queiroz*, a palavra-chave para essa data é planejamento. “É muito importante para fazer parâmetros com antecedência. Um dos primeiros passos é elaborar o controle de estoque”. Nessa época, temos o chamado estoque de antecipação, quando a mercadoria tem uma alta procura em um determinado período. “Usar um software de informação comercial é fundamental. Ele deve ser alimentado com dados sobre as vendas do ano anterior para se estabelecer metas, além de ser organizado por categorias que facilitem o controle para que o estoque não falte nem sobre”, afirma.

O administrador informa que quem estiver mais preparado vende mais. “O segundo passo é fazer uma autoanálise de gestão. Alguns empreendedores usam fatores externos como crise, concorrência e preço, mas, às vezes, a má gestão faz com que ele não obtenha o resultado de vendas esperado”, pontua. Um plano de vendas pré-estabelecido pode auxiliar o gestor a encontrar os pontos fracos da loja e entender o que pode ser solucionado para alavancar as vendas, entender melhor seu produto, o local ideal para vender, além de ter um posicionamento de mercado mais detalhado.

Depois de preparar o estoque com antecipação, falando de antemão com os fornecedores e após uma autoanálise, é a hora de estabelecer metas e criar estratégias para vender. “Muitos empreendedores se acomodam, acreditam que a probabilidade de um grande fluxo de clientes traz consigo as vendas”, aponta Hilton. Ele adverte que os gestores precisam sair da zona de conforto e buscar um conhecimento prévio. “Usar a taxa de conversão, utilizada para mensurar resultados, é necessário. Nela, se verifica a quantidade de clientes que entraram no estabelecimento e quantos compraram, pois a loja pode ter fluxo e não ter venda”, observa.

Fatores para se atentar

Para quem possui funcionários, o administrador aconselha a trabalhar a capacitação dos vendedores. “Lojas bonitas, bem localizadas, com bons produtos não é o suficiente quando a equipe não é treinada. Funcionários desmotivados geram impacto direto nas vendas. Preocupar-se com a capacitação técnica, equilíbrio emocional e comportamental é primordial”, destaca.

Hilton cita a ambientação do local como outro fator chave. “O marketing se preocupa em atrair o cliente até à loja. Isso também não é suficiente para fazê-lo comprar. Nessa hora, o empreendedor deve usar o merchandising. Seu objetivo é estimular a venda com o cliente dentro do ambiente para fazê-lo comprar por impulso”, ressalta. Ele dá dicas sobre como melhorar a ambientação do espaço como limpeza, layout, cores e aroma.

“Tudo é pensado para estimular o cliente a comprar. O layout bem projetado passa a direcionar o cliente, induzindo a andar por toda a loja. O uso de som que estimule a se sentir bem no ambiente colabora para que o cliente permaneça por mais tempo, proporcionando uma experiência que faça com que ele se sinta bem”, relata. O administrador também destaca o aspecto visual do produto. “Realçar a cor da mercadoria é outro ponto que favorece a compra”.

Queiroz finaliza dando enfoque ao planejamento. “O trabalho deve ser feito de forma com que a organização seja um hábito. Entre sempre no empreendimento com o olhar de cliente e não de dono.”

*Hilton Queiroz é consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE).

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