Ciro Gomes criticou cortes anunciados pelo MEC em universidades (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) saiu nesta terça-feira, 8, em críticas contra os bloqueios bilionários propostos pelo Ministério da Educação (MEC) no ensino superior brasileiro. Em publicação no Facebook, Ciro classificou a ação como “crime contra o futuro do Brasil”.

Na postagem, o ex-ministro responsabiliza Jair Bolsonaro pelos cortes, chamando ainda o ministro Abraham Weintraub (MEC) de “imbecil”. “Este imbecil ainda faz pose de que teria poder para desfazer o crime que seu chefe está praticando contra o futuro do Brasil..”, disse.

Desde o final da semana passada, decisão do MEC que bloqueou até 30% dos recursos de custeio de todas as universidades do Brasil repercute no meio político. Na Universidade Federal do Ceará (UFC), cortes superam R$ 46,5 milhões e ameaçam inclusive inviabilizar o funcionamento do órgão.

O irmão de Ciro, o senador Cid Gomes (PDT), também emitiu nota crítica à medida. Segundo Cid, que já foi ministro da Educação, ação é “absurda, inconsequente e irresponsável”. “É inconcebível que aceitemos que cortes nessa monta sejam feios apenas por iniciativa isolada do Executivo”, disse.

A política de redução nos investimentos de educação superior não é de hoje. Desde o segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), sucessivos cortes na área vem ocorrendo. Na época, no entanto, se cortava ações de expansão e investimento, como o Fies. Agora, cortes vêm no custeio.

Nos últimos dias, diversos reitores de instituições públicas publicaram notas criticando as medidas, destacando o pouco embasamento técnico das ações e o impacto na prestação de serviços, como na manutenção de laboratórios de pesquisa e até de atendimentos em hospitais universitários.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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