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Vasco Arruda

E o Espírito se apressou até ele e o despertou. Deu a mão àquele que estava deitado inerte no solo, colocou-o firme nos seus pés, pois ele ainda não havia se erguido. Ele lhes deu meios de ter o conhecimento do Pai e a revelação de seu Filho. (…) Ele inspirou-os com aquilo que está na mente, enquanto fazia sua vontade.
O Evangelho da Verdade
[Apócrifos e Pseudo-epígrafos da Bíblia. Organização Eduardo Proença. Tradução Claudio J. A. Rodrigues. São Paulo: Fonte Editorial Ltda., 2005, p. 630]

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Vasco Arruda

Tinha concluído minhas orações matinais e me postara diante do computador quando um odor forte inundou a biblioteca. Aquele cheiro não me era estranho, embora eu não conseguisse, de imediato, identifica-lo. O móbile dependurado na janela começou a tilintar. Há alguns dias, por indicação de Dom Cristiano, eu adquirira um novo móbile e, conforme sua sugestão, pendurara na janela da biblioteca. O odor se tornou mais forte, bem mais forte. “Alecrim!”, exclamei com meus botões. Isso mesmo, era essência de alecrim o odor que recendia na biblioteca.

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Vasco Arruda

Peregrinação é o tipo de jornada que estabelece a diferença entre o atento e o negligente, entre o banal e o inspirado. Essa diferença pode ser sutil ou dramática; por definição, ela é fundamental. Significa estar alerta para a ocasião, em que tudo o que se faz necessário numa viagem a um lugar remoto é tão-somente deixar-se perder a si próprio, e estar atento à ocasião, em que tudo o que é preciso é uma jornada a um lugar sagrado, com todos os seus aspectos gloriosos e temíveis para o encontro consigo mesmo. Desde o mais remoto peregrino humano, a pergunta mais desafiadora tem sido: como viajar de modo mais sábio, mais frutífero e mais nobre? Como podemos mobilizar a imaginação e animar nosso coração de forma que possamos, em nossas jornadas especiais, “ver em toda a parte do mundo a inevitável expressão do conceito de infinito”, nas palavras de Louis Pasteur; ou perceber, com Thoreau, “a divina energia em toda a parte?” Ou lembrando, como Evan Connell, de advertir os viajantes medievais: “Passe ao largo daquilo que não ama”.
Phil Cosineau
[Cousineau, Phil. A arte da peregrinação: para o viajante em busca do que lhe é sagrado. Tradução de Luiz Carlos Lisboa. São Paulo: Ágora, 1999, p. 23]

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Vasco Arruda

A oração fervorosa do justo tem grande poder. Assim, Elias que era homem semelhante a nós, orou com insistência para que não chovesse, e não houve chuva na terra durante três anos e seis meses. Em seguida, tornou a orar e o céu deu sua chuva e a terra voltou a produzir seu fruto.
Epístola de São Tiago 5, 16b-18
[Bíblia de Jerusalém. Gorgulho, Gilberto da Silva; Storniolo, Ivo; Anderson, Ana Flora (Coord.). Tradução do texto em língua portuguesa diretamente dos originais. 4ª reimpressão. São Paulo: Paulus, 2006, p. 2112]

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Vasco Arruda

Jesus não pode pensar em Deus sem pensar em seu projeto de transformar o mundo. Nunca separa Deus de seu reino. Não o contempla fechado em seu próprio mundo, isolado dos problemas das pessoas; sente-o comprometido em humanizar a vida. Os sacerdotes de Jerusalém o vinculam ao sistema cultual do templo; os setores fariseus o consideram fundamento e garantia da lei que rege Israel; os essênios de Qumram o experimentam como inspirador de sua vida pura no deserto. Jesus o sente como a presença de um Pai bom que está se introduzindo no mundo para humanizar a vida. Por isso, para Jesus, o lugar privilegiado para captar Deus não é o culto, mas lá onde se vai tornando realidade seu reino de justiça entre os homens. Jesus capta Deus no meio da vida e o capta como presença acolhedora para os excluídos, como força de cura para os enfermos, como perdão gratuito para os culpados, como esperança para os esmagados pela vida.
José Antonio Pagola
[Pagola, José Antonio. Jesus: aproximação histórica. Tradução de Gentil Avelino Titton. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2010, p. 387]

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Vasco Arruda

A visitação de Maria é uma visita de amizade e serviço. Encontro cheio de mistério e da alegria de Deus. Porque – e a vida de Maria nos ensina a cada instante – os grandes mistérios de Deus se realizam através da banalidade quotidiana de toda a vida humana. Porque Maria leva em seu corpo Jesus (que ela concebeu em seu coração e em seu corpo), a visita que ela faz a sua prima toma um novo sentido. A alegria que a inunda é a alegria dos tempos messiânicos, essa alegria na qual os cristãos celebrarão mais tarde o festim eucarístico, a alegria que encherá a terra por ocasião da segunda vinda de Cristo.
Irmão Marie Leblanc
[Irmão Marie Leblanc. O dia-a-dia de Maria. Tradução de José Joaquim Sobral. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2005, p. 31. (Série Virgem Maria; 7)]

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Vasco Arruda

Sofre alguém dentre vós um contratempo? Recorra à oração. Está alguém alegre? Cante. Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o porá de pé; e se tiver cometido pecados, estes lhe serão perdoados. Confessai, pois, uns aos outros, vossos pecados e orai uns pelos outros, para que sejais curados.
Epístola de São Tiago 5,13-16a
[Bíblia de Jerusalém. Gorgulho, Gilberto da Silva; Storniolo, Ivo; Anderson, Ana Flora (Coord.). Tradução do texto em língua portuguesa diretamente dos originais. 4ª reimpressão. São Paulo: Paulus, 2006, p. 2112]