O Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) apresentou redução de -2,4% no segundo bimestre do ano, passando de 106,1 pontos no período janeiro/fevereiro, para 103,6 pontos no bimestre março/abril. De acordo com o levantamento da Fecomércio Ceará, por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), apesar da diminuição da confiança, o consumidor deve aumentar o consumo no bimestre, de acordo com levantamento.
A queda do ICC decorreu do declínio dos seus dois componentes: o Índice de Situação Presente (ISP) caiu -3,7%, passando de 87,6 pontos no primeiro bimestre para 84,4 pontos no período março/abril. Já o Índice de Situação Futura (IEF) teve diminuição de -1,7%, alcançando o patamar de 116,5 pontos.
A queda dos indicadores de confiança está relacionada com a conjuntura econômica desfavorável, com uma combinação de inflação elevada e mercado de trabalho adverso, trazendo muita incerteza para o consumidor.
Um dos efeitos imediatos é a mudança do perfil de consumo, com redução da demanda por produtos semiduráveis (vestuário, calçados etc.) e predomínio da procura por itens de consumo duráveis, principalmente aqueles relacionados com o conforto e a comodidade no lar.
Expectativa dos consumidores
Após o período de liquidações e promoções típico do início do ano, a procura por bens de consumo duráveis permanece em alta com 27,5% dos consumidores afirmando um bom ou ótimo momento para a compra de bens duráveis.
O perfil desse consumidor mostra o predomínio do grupo de sexo masculino (33,9%), com idade entre 18 e 24 anos (33,2%) e com renda familiar acima de dez salários-mínimos (64,9%).
O estudo também mostra que 55,2% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 74,8% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.
Sobre a percepção do ambiente econômico nacional, 51,2% dos consumidores entrevistados acreditam em melhoria no cenário nos próximos doze meses, resultado levemente superior ao observado no bimestre janeiro/fevereiro, de 50,9%.
Pretensão de compra
Apesar da queda do ICC, a taxa de pretensão de compras teve aumento de +7,6 pontos percentuais, passando de 32,2% no bimestre janeiro/fevereiro, para 39,8% no atual bimestre.
A maior propensão ao consumo se encontra no grupos feminino (40,5%), com faixa etária entre 25 e 34 anos (47,2%) e com renda familiar entre cinco e dez salários-mínimos (48,0%). Como dito anteriormente, a demanda se mantém concentrada em bens de consumo duráveis:
I. Móveis e artigos de decoração, citados por 19,2% dos entrevistados;
II. Televisores (17,4%);
III. Geladeiras e refrigeradores (13,8%);
IV. Artigos de vestuário (13,7%);
V. Calçados (11,3%);
VI. Máquina de lavar roupa (11,2%);
VII. Aparelhos de telefonia celular e smartphones (11,1%).
O valor médio das compras é estimado em R$ 616,63 e o potencial de consumo mostra-se mais elevado para o grupo de consumidores do sexo masculino (R$ 633,39), com idade entre 25 e 34 anos (R$ 634,21) e do estrato com renda familiar acima de dez salários-mínimos (R$ 725,00).
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