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01. Digressões de um bibliófilo

91 Articles
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Vasco Arruda

O clima do vale, abrigado dos ventos, é quente durante o dia e frio à noite. Mas por volta do meio-dia é frequente ouvir o ruído das avalanches do monte Karakal. Os costumes e o clima de Shangri-La parecem estar na origem de um estranho fenômeno de prolongação anormal da duração da vida, acompanhada de um envelhecimento tardio.
Alberto Manguel e Gianni Guadalupi
[Manguel, Alberto & Guadalupi, Gianni. Dicionário de lugares imaginários. 1ª reimpressão. Ilustrações de Graham Greenfield e Eric Beddows; mapas e plantas de James Cook; tradução de Pedro Maia Soares. – São Paulo: Companhia das Letras, 2005, verbete: Shangri-La, p. 396.]

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Vasco Arruda

Os fariseus de todos os tempos desfiguram seu rosto para que ninguém possa ignorar suas devoções. Francisco não só não podia suportar tais fingimentos da falsa piedade, mas colocava a alegria e o júbilo entre os deveres religiosos. Como ser triste quando se tem no coração um tesouro inexaurível de vida e de verdade, que só tende a crescer na medida em que é alcançado? Como ser triste quando, apesar das quedas, não se cessa de crescer? Há para a alma piedosa que cresce e se desenvolve uma alegria semelhante à da criança, tão feliz por sentir seus pobres e pequenos membros fortificarem-se permitindo-lhe, a cada dia, um esforço a mais. Além disso, a palavra alegria é talvez aquela que mais se repete na pena dos autores franciscanos (1Cel 10;22;27;31;42;80; 2Cel 125-128; Ec 5;6; JJ 21). O Mestre fez dela um dos preceitos da Regra (RnB 7; cf. 2Cel 128). Era por demais um bom general para não saber que um exército alegre é sempre um exército vitorioso. Há na história das primeiras missões franciscanas explosões de riso que soam alto e claro (cf. EC 5;6; JJ 21).
Paul Sabatier
[Sabatier, Paul. Vida de São Francisco de Assis. Tradução de Frei Orlando A. Bernardi; apresentação à edição brasileira de Frei Vitório Mazzuco. – Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco: Instituto Franciscano de Antropologia, 2006, p. 237.]

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Vasco Arruda

Nos dias de hoje, a sincronicidade tem sido cada vez mais considerada um aspecto instigante da vida, mas de difícil explicação. Para mim, trata-se de uma curiosidade fascinante. Minhas experiências sincronísticas, e as de outros que as compartilharam comigo, me convenceram de que estamos lidando com algo muito maior e mais estranho do que podemos entender neste momento. Mais estranho do que podemos imaginar – talvez até mesmo mais estranho do que nossa mente possa alcançar.
Jan Cederquist
[Cederquist, Jan. Coincidências existem?: casos e acasos incríveis na busca por resposta para a vida. Tradução de Renata Marcondes. – São Paulo: Editora Gente, 2011, p. 16.]

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Vasco Arruda

Mamãe, tenho também uma alegria na vida: tenho amigos tão formidáveis para mim que você nem pode imaginar. Todos, neste momento, sofrem de uma epidemia de simpatia. Bonnevie me procura sempre, Sallès escreve-me cartas de uma amizade tão profunda que me emocionam. Ségogne é um anjo. Os Saussine, anjos protetores, e não falo em Yvonne e Mapie…
[Saint-Exupéry, Antoine de. Cartas do Pequeno Príncipe. 7ª. ed. Tradução de Magda Soares Guimarães. – Belo Horizonte: Itatiaia, 1969, p. 87.]

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Vasco Arruda

Eu disse aos ouvintes que estava em busca de histórias. Essas histórias tinham de ser verdadeiras e precisavam ser curtas, mas não haveria restrição quanto ao tema ou estilo. O que me interessava mais, expliquei, eram histórias que desafiassem nossas expectativas em relação ao mundo, casos que revelassem as forças misteriosas e incognoscíveis que atuam em nossas vidas, em nossas histórias de família, em nossas mentes e corpos, em nossas almas. Em outras palavras, histórias verdadeiras que parecessem de ficção.
Paul Auster
[Auster, Paul (organização e introdução de). Achei que meu pai fosse Deus e outras histórias da vida americana. Tradução Pedro Maia Soares. 2ª. reimpressão. – São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 14.]

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Vasco Arruda

A palavra humana/Comunica e age/Na vida do irmão A palavra Divina/Revela a verdade/Nossa salvação As duas palavras: Espiritualidade/De Teresa e de João A palavra de Teresa/Nos ensina a orar – /Caminho de perfeição A palavra de João/Nos ensina a amar/Mesmo na escuridão A palavra, pois, está/No Carmelo Secular/Como ação e oração
Luciano Dídimo
[Dídimo, Luciano. A palavra na espiritualidade do Carmelo Secular. Em: Dídimo, Luciano. O meu Carmelo é marrom. Fortaleza: Edição do autor, 2011.]

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Vasco Arruda

A Bíblia é indispensável no discipulado pessoal de cada membro da igreja e no ministério de pregação do pastor. A fim de exercerem seu papel, contudo, as Escrituras precisam ser compreendidas, daí a importância do Comentário bíblico africano. Nos últimos tempos, a igreja na África tem testemunhado o avanço de estudos bíblicos sérios no âmbito acadêmico. Trata-se de um ressurgimento auspicioso no continente que no passado nos deu intérpretes como Agostinho e Atanásio. O Comentário bíblico africano é um marco editorial e desejo parabenizar os colaboradores e editores pela elaboração de um comentário fundamentado nas Escrituras, que as interpreta do ponto de vista africano e aborda questões controversas de modo equilibrado. Tenho a intenção de usá-lo para obter maior entendimento da Palavra de Deus sob a ótica africana. Aliás, espero que conquiste leitores do mundo inteiro para que possamos compreender melhor as dimensões plenas do amor de Cristo (Ef 3:18).
Dr. John Stott
[Prefácio, p. vii. Em: Adeyemo, Tokunboh (editor geral). Comentário bíblico africano. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.]

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Vasco Arruda

A Fundação Waldemar Alcântara (FWA), através da Coleção Obras Raras, torna disponível para pesquisadores, professores, estudantes e aos interessados na história de nossa região títulos incomuns, e amplia o acervo com o qual contempla o resgate de registros marcantes do processo de formação de nossa cultura. A Coleção é composta dos livros “O Ceará”, de autoria de Raimundo Girão e Martins Filho, “Boletim de Antropologia”, organizado pelo Dr. Thomaz Pompeu Sobrinho, e o “Diário de Viagem”, de Francisco Freire Alemão, transcrito dos originais do autor, cujo título leva seu nome.

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Vasco Arruda

“Crestomatia”, o moderno livrinho que sai hoje a lume, exige, antes de tudo, que lhe façamos a apresentação ao colendo professorado, à mocidade estudiosa de nossa terra. Qual a sua razão de ser? “Preencher uma lacuna” eis o lema de todas as obras congêneres, ao surgirem a público. Sem embargo, labora em erro bem grave, quem acreditasse preenchidos os claros de nossa biblioteca didática. Dia a dia, novas lacunas se abrem, que tresdobram proporcionalmente às exigências sempre crescentes da pedagogia escolar, às alterações dos programas, às inovações e melhoramentos da moderna metodologia.
Radagasio Taborda
[Taborda, Radagasio. Crestomatia: excertos escolhidos em prosa e verso dos melhores escritores brasileiros e portugueses. 29ª. ed. Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo: Globo, 1958, p. XXVII.]

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Vasco Arruda

Um dia a menina Maria Violina das Notas de Poucas Bolinhas conheceu uma rabeca
encantada. Quando tocado, o instrumento fazia as coisas ruins ficarem boas e as boas
ficarem ainda melhores. Com a rabeca, Violina saiu tocando e fazendo, a seu modo,
um mundo mais alegre. Agora, a dupla animada passeia por uma feira e se depara com
um novo personagem, o Zé do Adubo. É a partir desses três que se desenrola o livro
“Violina vai à feira”, o segundo título da série As aventuras de Violina, da escritora Adriana
Alcântara.