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Vasco Arruda

677 Articles

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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Vasco Arruda

E ao permanecerem ele, Frei Masseu, Frei Elias e alguns outros num lugar deserto, e estando num certo dia São Francisco no bosque para rezar, seus companheiros, que o tinham em grande reverência, temiam impedir de algum modo a oração dele, por causa das maravilhas que Deus lhe fazia nas orações.
Atos do Bem-aventurado Francisco e de seus companheiros
[Atos do Bem-aventurado Francisco e de seus companheiros, p. 1124. Em: Fontes Franciscanas e Clarianas. Apresentação Sergio M. Dal Moro; tradução Celso Márcio Teixeira… [et. al.]. 2ª. ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.]

Vasco Arruda

De fato há coisas estranhas na vida que não se explicam facilmente. É por isso que insisto em crer. Parece que a fé tem um poder de mobilização muito grande. William James o disse muito bem quando afirmou durante uma conferência dirigida aos grêmios filosóficos da Universidade de Yale e Brown University, que seria posteriormente publicada: “Sua fé atua sobre os poderes acima dele como uma afirmação e cria sua própria realização” (James, Willliam. A vontade de crer. Tradução de Cecília Camargo Bartalotti. – São Paulo: Loyola, 2011, p. 40). Pouco adiante, completa o psicólogo americano no mesmo texto: “…a fé num fato pode ajudar a criar o fato…” (p. 41).

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Vasco Arruda

Para o cristão, Jesus Cristo é o pleno comunicador do Pai. Sua comunicação do Pai assumia ares de autoridade, pois falava a partir de uma profunda experiência de conhecimento de Deus. O próprio Jesus diz isso a Felipe: “quem me vê, vê o Pai”. Em Jesus Cristo, o próprio Deus vem ao encontro do ser humano, revelando-se a ele numa ação carregada de carinho e compreensão. Ao mesmo tempo, ao revelar-se em Jesus, Deus também revelava ao homem a identidade mais profunda do ser humano, feito à imagem e semelhança Dele.
Entretanto, ao assumir um corpo para comunicar-se com os homens na sua própria história, Jesus Cristo aceitava as ambiguidades que compõem a condição humana. Podemos dizer que em Jesus se sintetizam os elementos fundamentais da comunicação humana: emissor, mensagem e receptor. Enquanto emissor, ele transmite aquilo que ouviu do Pai, anunciando a chegada do Reino de Deus. Ao mesmo tempo, ele é a mensagem de vida e salvação para o mundo. É ele o Caminho, a Verdade e a Vida. Ao mesmo tempo, ele só fala do que conhece e do que viu e recebeu do Pai. Como só faz a vontade do Pai, ele é o exemplo da pessoa aberta à mensagem transmitida. Como sabe adaptar a mensagem às circunstâncias das pessoas com quem fala, também relativiza as normas de acordo com as necessidades. Desse modo, a circularidade comunicacional, desejada para a superação da verticalidade do processo, realiza-se plenamente em Jesus Cristo. Modelo de comunicador, ele comunga profundamente com aqueles com os quais interage.
Pedro Gilberto Gomes
[Gomes, Pedro Gilberto. O Jesus da Comunicação e a Comunicação de Jesus. In: Aquino, Marcelo Fernandes de (organização de). Jesus de Nazaré, profeta da liberdade e da esperança. – São Leopoldo: Ed. UNISINOS, 1999, p. 322.]

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Ao escutar pela primeira vez um refrão meditativo que dizia: “Maria, coloca-me com o teu Jesus”, comecei a meditar sobre o papel de Nossa Senhora na vida de Jesus e em nossa oração. O seu papel na obra da redenção nos é claro. Ela acolheu no seu ventre o Verbo de Deus, o Cristo Jesus. Dele cuidou e amou-o. Esteve junto a ele nas diversas etapas da vida: do presépio à ascensão, sofrendo, sobretudo, com a sua morte dramática na cruz e com a solidão do Sábado Santo. Nem o maior e melhor dos discípulos, em todos os tempos, jamais conseguiu viver de forma tão intensa e singular o que Maria viveu e experimentou de Belém a Jerusalém, caminhando ao lado de Jesus. Maria, como ninguém na história da Salvação, consentiu em deixar Deus entrar, morar e agir em sua vida.
José Carlos Ferreira da Silva
[Silva, José Carlos Ferreira da. – 1ª. ed. – São Paulo: Paulinas, 2009,p. 7. – (Coleçao vida cristã)]

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A Fundação Waldemar Alcântara (FWA), através da Coleção Obras Raras, torna disponível para pesquisadores, professores, estudantes e aos interessados na história de nossa região títulos incomuns, e amplia o acervo com o qual contempla o resgate de registros marcantes do processo de formação de nossa cultura. A Coleção é composta dos livros “O Ceará”, de autoria de Raimundo Girão e Martins Filho, “Boletim de Antropologia”, organizado pelo Dr. Thomaz Pompeu Sobrinho, e o “Diário de Viagem”, de Francisco Freire Alemão, transcrito dos originais do autor, cujo título leva seu nome.

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“Crestomatia”, o moderno livrinho que sai hoje a lume, exige, antes de tudo, que lhe façamos a apresentação ao colendo professorado, à mocidade estudiosa de nossa terra. Qual a sua razão de ser? “Preencher uma lacuna” eis o lema de todas as obras congêneres, ao surgirem a público. Sem embargo, labora em erro bem grave, quem acreditasse preenchidos os claros de nossa biblioteca didática. Dia a dia, novas lacunas se abrem, que tresdobram proporcionalmente às exigências sempre crescentes da pedagogia escolar, às alterações dos programas, às inovações e melhoramentos da moderna metodologia.
Radagasio Taborda
[Taborda, Radagasio. Crestomatia: excertos escolhidos em prosa e verso dos melhores escritores brasileiros e portugueses. 29ª. ed. Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo: Globo, 1958, p. XXVII.]

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O Alcorão é a palavra de Allah, revelada a Mohammad, desde a Surata da Abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados à humanidade. Ele encerra, em sua totalidade, diversificadas nuanças, tais como: a felicidade, a reforma entre os homens, a concórdia, no presente e no futuro; ele foi revelado, versículo por versículo, surata por surata, de acordo com as situações e os acontecimentos, no decorrer dos vinte e três últimos anos da vida do Profeta Mohammad. Uma parte foi revelada antes da Hégira, em Makka, e outra depois, em Madina. Os versículos e as suratas revelados em Makka abrangem as normas da crença em Allah, em Seus anjos, em Seus livros, em Seus mensageiros e no Dia do Juízo Final. Os versículos e as suratas revelados em Madina dizem respeito aos rituais e à jurisprudência.
Samir El Hayek
[O significado dos versículos do Alcorão Sagrado com comentários. Versão portuguesa diretamente do árabe. Tradução Samir El Hayek. 14ª ed. – São Paulo: MarsaM Editora Jornalística,2009, p. xxiii.]

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Não herdamos a sabedoria, temos de encontrá-la por nós mesmos após a travessia do árido e imenso vazio, na qual ninguém pode fazer nada por nós, da qual ninguém pode nos poupar, pois nossa sabedoria é o ponto de vista a partir do qual, finalmente, passamos a enxergar o mundo.
Marcel Proust (1871-1922)
[1001 pérolas de sabedoria budista: ideias que iluminam e trazem paz interior / selecionadas por The Buddhist Society; [tradução Clara Alain]. São Paulo: Publifolha, 2007; Sabedoria, 222.]

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O teólogo Hans Kung se firmou ao longo da segunda metade do século XX e início do século XXI como uma das vozes mais polêmicas emanadas do seio da Igreja Católica. Para quem deseja conhecer melhor o pensamento desta inquietante figura que não tergiversa nem contemporiza quando se trata se endereçar críticas sempre incisivas aos altos escalões da Cúria Romana, está sendo oferecida uma ótima oportunidade. Trata-se do curso “Hans Kung: “Em que creio”, que será ministrado pelo professor Carlo Tursi. Para maiores informações sobre o curso, clique abaixo em continue lendo.