Press ESC to close

Vasco Arruda

677 Articles

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

Vasco Arruda

Tenho as minhas preocupações voltadas tanto para aquelas pessoas com origem semelhante à minha, como para aquelas que podiam aproveitar melhor as oportunidades, muitas até nascidas em berço de cetim, para não dizer de ouro, posto que todas são dotadas da mesma capacidade de mudar suas histórias de vida, dessa força mágica interior que se encontra na base de todas as grandes realizações do ser humano.
Francisco Castro de Souza
[Souza, Francisco Castro de. Pequenas histórias da vida de Francisco. – Fortaleza: Premius, 2013, p. 112.]

Vasco Arruda

Cabe perguntar apenas se o exercício da psicanálise não pressupõe um treino médico, que o educador e o pastor necessariamente não têm, ou se outros fatores não contrariam a intenção de pôr a técnica psicanalítica em outras mãos que não as dos médicos. Confesso que não vejo tais obstáculos. O exercício da psicanálise requer muito mais preparação psicológica e livre discernimento humano do que instrução médica. A maioria dos médicos não se acha equipada para o exercício da psicanálise, e fracassou inteiramente ao avaliar esse método terapêutico. O educador e o pastor são obrigados, pelas exigências de suas profissões, a ter os mesmos cuidados, considerações e discrições que o médico está habituado a manter, e o fato de normalmente lidarem com jovens talvez os torne mais aptos a compreender sua vida psíquica. Em ambos os casos, porém, a garantia de uma aplicação inofensiva do método analítico só pode ser dada pela personalidade daquele que analisa.
[Freud, Sigmund. Prefácio a “O método psicanalítico”, de Oskar Pfister. In: Freud, Sigmund. Observações psicanalíticas sobre um caso de paranoia relatado em autobiografia: (“O caso Schreber”): artigos sobre técnica e outros textos (1911-1913); tradução e notas Paulo César de Souza. – São Paulo: Companhia das letras, 2010, p. 342.]